domingo, 11 de outubro de 2009

SAMBA À PAULISTA


O Berço do Samba Paulista


Em São Paulo dos anos 40, 50, tivemos um jogo de bambas chamado TITIRICA. Que no Rio de Janeiro chamamos de Pernada.Essa forma de cultura vem dos negros, e de antigas rodas de capoeira baiana, os golpes eram dados para derrubar o oponente na rasteira.Ela era "jogada" no centro da cidade (Barra Funda, Praça da Se) pelos negros que faziam ali pontos de engraxates, carregadores que vinham do Largo da Banana, do Glicério, do Mercado Central, e todo nego que estivesse à toa era bem vindo pra preencher as rodas no calangueado do samba, batido nas caixas de engraxates. Assim conta Osvaldinho da Cuíca e muitos outros remanescentes dessa época.
Havia repressão da policia a algumas manifestações, quando desmanchava as reuniões em.
Perseguições com cacetadas nos participantes e um ou outro ia passar a noite na delegacia central  A Tiririca era um misto de Capoeira com Samba, a cantoria de pergunta e resposta, e
a concentração para mirar nos olhos do adversário esperando uma bobeada pra jogar o mesmo no chão,Isso num circulo fechado conhecido como Roda de Samba
 Em São Paulo podemos encontrar ainda alguns bambas que participaram ou viram as famosas rodas Tio Mario do Camisa, Seu Nenê, Toniquinho Batuqueiro, Geraldo Filme, Plínio Marcos entre outros da Velha guarda do samba, inclusive seu Airton Santamaría, histórico sambista também do Camisa VB
E assim surgiram as rodas de samba de São Paulo oriundas na forma pela Tiririca, herança dos folguedos de Tiete, Tatuí, Pirapora, cidades das adjacências da capital, praticantes das Festas de Bumbo, Congado entre outras danças de origem africana e portuguesa. 
O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca e serestas.Hoje é o Memorial da América Latina, aonde eram comercializados cachos de banana, e que foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda. Formado pela comunidade negra. Mas o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos. Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, o grupo foi confundido com reacionários e teve a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. Depois de 17 anos, em 1953, Inocêncio Tobias, o Mulata, cria um movimento para reorganizar o antigo grupo carnavalesco, criando no dia quatro de setembro o Cordão Mocidade Camisa Verde e Branco. Logo no seu primeiro ano desfilando como cordão, o Camisa vence o desfile de cordões, com o enredo IV Centenário.
Esta entre outras historias e contada pelo Seu Airton nas horas de folga já na rua do Samba a General Osório.

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